História

Em 1992, durante a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ECO-92, lideranças indígenas do mundo inteiro se encontraram no Rio de Janeiro para levar as demandas dos Povos Indígenas e suas perspectivas sobre o cuidado com a Mãe Terra e as mudanças no clima. O evento contou com a participação direta de aproximadamente 750 indígenas e 92 organizações de todos os continentes que escreveram e apresentaram a Carta da Terra e a Declaração da Kari-Oca, documentos que se tornaram referência para a ONU, para a União Europeia e para os Bancos Multilaterais. Do Brasil, estavam presentes lideranças dos povos Yawalapiti, Xavante, Terena, Karajá, Gavião Kyikatejê, Paresi-Haliti, Xakriabá, Kariri-Xocó, Potiguara e outros povos. Demandou-se a criação de uma organização que unisse os Povos Indígenas e colaboradores não indígenas em prol do bem viver da Terra, respeitando e reconhecendo a memória e ciência indígena,  com ações no cenário internacional bem como junto ao governo brasileiro.

Como pioneiro, o ITC elaborou e organizou atividades-referência desde então. Atualmente, realiza diversos eventos indígenas com o intuito de buscar a proteção dos conhecimentos tradicionais, a promoção do esporte socioeducacional, a expressão das culturas autóctones, a cidadania indígena e o respeito aos valores originais, onde se destacam os Jogos dos Povos Indígenas, o Festival Nacional da Cultura Indígena, o Diálogo dos Pajés, o Encontro Indígena de Acesso às Novas Tecnologias, a Okara.